Nasci em Recife. Aos seis anos de idade fui morar com meus avós na zona rural da cidade de Surubim, interior de Pernambuco, em um sítio chamado Jucá Ferrado. Lá nem sequer havia chegado energia elétrica, tínhamos um estilo de vida muito simples. Foi lá que certa vez minha avó contou-me uma estória sobre alguns homens que subiram ao céu em um foguete para tentar descobrir o segredo de Deus, porém não conseguiram. Ela me dizia que Deus tinha esse segredo e que ninguém até então havia conseguido desvendar. Desde esse dia fiquei muito curioso para descobrir que segredo era esse que Deus tinha.
Aos dezesseis anos de idade voltei para Recife. Lembro-me perfeitamente da minha mãe me mandando procurar uma religião, qualquer que fosse. Como minha mãe era espírita, passei um tempo freqüentando o centro com ela, mas não quis assumir maior compromisso. Como não me identifiquei com o espiritismo, passei a freqüentar a Igreja Católica. Mas na verdade eu ia mesmo à igreja para paquerar as meninas e para mostrar a minha mãe que estava fazendo aquilo que ela havia me aconselhado a fazer.
Nessa época eu detestava os “crentes”. Isso porque vez por outra alguns batiam à nossa porta para nos dizer que só eles iriam pro céu. Isso me deixava furioso. Assim, eu evitava ao máximo conversar ou ter qualquer contato com eles, até que um dia fui convidado para jogar futebol no terreno da casa de Dona Santa. Sua família era evangélica e como ela tinha muitos filhos, sua casa era freqüentada por muitos jovens evangélicos. Nessa pelada fiz alguns amigos muito queridos. É verdade que quando descobri que alguns deles eram “crentes” eu me decepcionei um pouco, mas como eram muito legais e não ficavam falando sobre o inferno, não me afastei deles, pelo contrário, os tinha em grande consideração.
Certo dia um deles, Everton, me convidou para ir a um retiro de carnaval da Igreja Presbiteriana do Pina. Ele insistia em me convidar todas as vezes que nos encontrávamos. Dizia-me que no retiro haveria muito futebol, o que era para mim um argumento muito forte (ainda hoje o é). Mesmo assim hesitei bastante. Como Everton tinha uma resposta para cada uma das minhas desculpas, acabei tendo que aceitar o convite.
No acampamento eu tive a oportunidade de passar alguns dias com pessoas muito diferentes daquelas com as quais eu costumava conviver. Podia observar que eram especiais. Suas brincadeiras não tinham qualquer malícia, ajudavam sempre umas às outras, e pareciam ser muito felizes. Eu mesmo fui ajudado. Após um vazamento, todas as minhas roupas ficaram molhadas e Everton me permitiu usar as dele durante todo o retiro. Aqueles dias no retiro foram especiais para mim, foi uma experiência maravilhosa. É verdade que também aprontei algumas: roubei um chocolate do diácono Daniel, “matei” alguns cultos, mas no fim decidi que queria ser parecido com aquelas pessoas e voltei de lá com esse objetivo.
Já se passaram dez anos desde o dia em que fui para aquele retiro. Esses foram os dez anos mais felizes de minha vida, se é que ainda posso chamá-la de “minha”, pois desde aquele dia a entreguei a Cristo. Hoje sou seminarista da Igreja Presbiteriana do Pina. Amo a minha liderança e a minha igreja, que tem me apoiado em todos os momentos. Nunca esquecerei do amor que recebi dos meus irmãos durante todos esses anos. Foi lá também que encontrei Giulliana, minha esposa, uma mulher de Deus, que me tem sido uma verdadeira auxiliadora e que tem me apoiado em todas as circunstâncias. Sou apaixonado por ela.
Hoje posso dizer que foi naquele retiro que encontrei a resposta para a pergunta que sempre me perseguiu: qual é o segredo de Deus? Às vezes pensava que essa curiosidade era coisa de criança, mas a verdade é que ela nunca saiu do meu pensamento. No retiro descobri que esse segredo era Jesus. Ele é o segredo que Deus quer revelar ao mundo. Eu não precisei pegar foguete algum para conhecê-lo. Eu nem mesmo precisei partir em busca dele. Ele veio até mim, atraiu-me com seu imenso amor e me ensinou que por meio da Bíblia eu posso conhecê-lo um pouco mais a cada dia.
A Deus toda Glória!
Rev. Marcelo Augusto
“Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória (...) Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” (1 Co 2:7-8,10)
Aos dezesseis anos de idade voltei para Recife. Lembro-me perfeitamente da minha mãe me mandando procurar uma religião, qualquer que fosse. Como minha mãe era espírita, passei um tempo freqüentando o centro com ela, mas não quis assumir maior compromisso. Como não me identifiquei com o espiritismo, passei a freqüentar a Igreja Católica. Mas na verdade eu ia mesmo à igreja para paquerar as meninas e para mostrar a minha mãe que estava fazendo aquilo que ela havia me aconselhado a fazer.
Nessa época eu detestava os “crentes”. Isso porque vez por outra alguns batiam à nossa porta para nos dizer que só eles iriam pro céu. Isso me deixava furioso. Assim, eu evitava ao máximo conversar ou ter qualquer contato com eles, até que um dia fui convidado para jogar futebol no terreno da casa de Dona Santa. Sua família era evangélica e como ela tinha muitos filhos, sua casa era freqüentada por muitos jovens evangélicos. Nessa pelada fiz alguns amigos muito queridos. É verdade que quando descobri que alguns deles eram “crentes” eu me decepcionei um pouco, mas como eram muito legais e não ficavam falando sobre o inferno, não me afastei deles, pelo contrário, os tinha em grande consideração.
Certo dia um deles, Everton, me convidou para ir a um retiro de carnaval da Igreja Presbiteriana do Pina. Ele insistia em me convidar todas as vezes que nos encontrávamos. Dizia-me que no retiro haveria muito futebol, o que era para mim um argumento muito forte (ainda hoje o é). Mesmo assim hesitei bastante. Como Everton tinha uma resposta para cada uma das minhas desculpas, acabei tendo que aceitar o convite.
No acampamento eu tive a oportunidade de passar alguns dias com pessoas muito diferentes daquelas com as quais eu costumava conviver. Podia observar que eram especiais. Suas brincadeiras não tinham qualquer malícia, ajudavam sempre umas às outras, e pareciam ser muito felizes. Eu mesmo fui ajudado. Após um vazamento, todas as minhas roupas ficaram molhadas e Everton me permitiu usar as dele durante todo o retiro. Aqueles dias no retiro foram especiais para mim, foi uma experiência maravilhosa. É verdade que também aprontei algumas: roubei um chocolate do diácono Daniel, “matei” alguns cultos, mas no fim decidi que queria ser parecido com aquelas pessoas e voltei de lá com esse objetivo.
Já se passaram dez anos desde o dia em que fui para aquele retiro. Esses foram os dez anos mais felizes de minha vida, se é que ainda posso chamá-la de “minha”, pois desde aquele dia a entreguei a Cristo. Hoje sou seminarista da Igreja Presbiteriana do Pina. Amo a minha liderança e a minha igreja, que tem me apoiado em todos os momentos. Nunca esquecerei do amor que recebi dos meus irmãos durante todos esses anos. Foi lá também que encontrei Giulliana, minha esposa, uma mulher de Deus, que me tem sido uma verdadeira auxiliadora e que tem me apoiado em todas as circunstâncias. Sou apaixonado por ela.
Hoje posso dizer que foi naquele retiro que encontrei a resposta para a pergunta que sempre me perseguiu: qual é o segredo de Deus? Às vezes pensava que essa curiosidade era coisa de criança, mas a verdade é que ela nunca saiu do meu pensamento. No retiro descobri que esse segredo era Jesus. Ele é o segredo que Deus quer revelar ao mundo. Eu não precisei pegar foguete algum para conhecê-lo. Eu nem mesmo precisei partir em busca dele. Ele veio até mim, atraiu-me com seu imenso amor e me ensinou que por meio da Bíblia eu posso conhecê-lo um pouco mais a cada dia.
A Deus toda Glória!
Rev. Marcelo Augusto
“Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória (...) Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” (1 Co 2:7-8,10)
1 comentários:
Comentário que fiz ao visitar o BLOG do PR. Marcelinho
Meu amigo e meu Pastorzinho (porque para mim você é : inho) Marcelinho.
Quando então Diácono na minha passagem pela IPBV, um dia tive a oportunidade de conhecê-lo ao ser atendido pelo então Balconista/Vendedor da Farmácia PAGUE MENOS do Pina em Recife/PE. Daí convivendo como cliente da mesma, um belo dia convidei-o a visitar nossa Igreja numa reunião de Quinta-Feira. Naquela época um menino que tinha entrado para o Seminário.
De lá para cá nunca deixei de admirá-lo como pessoa simples e para mim, sempre como um menino (tenho idade de ser talvez até seu avô) e hoje é o Meu Pastor. Parabéns pelas matérias escrita, comentada e refletidas em seu BLOG. Estarei sempre revisitando seu BLOG e me enriquecendo. Deus continue lhe abençoando. Waldemar Monteiro 2009, Março 14/Pina-Recife.
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